Junho é mês de quentão, quadrilha... Toda festa junina é uma delícia e, além de comidas e brincadeiras típicas, a comemoração é uma tradição católica em que são celebrados os dias de São João, Santo Antônio e São Pedro. Conheça a história de cada um:
Comemorar o mês de junho é um hábito antigo em várias partes do mundo. Antes do nascimento de Jesus, os povos pagãos do Hemisfério Norte celebravam o solstício de verão, o dia mais longo e a noite mais curta do ano, que, lá, acontece em junho. As festas ocorriam para pedir aos deuses a fertilidade da terra e garantir boas colheitas nos meses seguintes. Com o avanço do Cristianismo, a Igreja incorporou a tradição e, no século 6, os ritos da festa do dia do solstício, em 21 de junho, passaram para o dia do nascimento de São João Batista, em 24 de junho. Mais tarde, no século 13, foram incluídas no calendário litúrgico as datas comemorativas de Santo Antônio (dia 13) e São Pedro (dia 29). É por isso que esses três santos são os padroeiros das festas juninas!
São Paulo (dia 29) apesar de ser comemorado também do mês de junho, não é considerado um santo dos festejos juninos, mas o apóstolo dos gentios, foi perseguidor que se transformou no grande pregador. Fundador de muitas das primeiras comunidades cristãs, Paulo dirigiu a elas muitas Cartas, das quais quatorze são consideradas “canônicas” e fazem parte do Novo Testamento. Suas Cartas são as mais lidas de todos os tempos. Dele São Jerônimo disse: “Jamais o mundo verá outro homem da envergadura de São Paulo”. Nasce em Tarso. Romano por nascimento, judeu de raça e de religião, fariseu zeloso com sólida formação na escola de Gamaliel. Sua conversão aconteceu às portas de Damasco e sua queda do cavalo passou a ser símbolo de toda conversão (At. 9, 4)
As festas juninas são celebradas com muito entusiasmo pelo nosso povo. As famosas “fogueiras”, as danças denominadas “quadrilhas”, os fogos de artifício, a reza do terço, o quentão e a pipoca (propícios para o mês de junho – mês do frio) constituem parte de nosso folclore e nem por isso perdem o seu colorido religioso e, por isso mesmo , fazem parte da religiosidade popular.
Santo Antônio - 13 de junho Nascido em uma família de alta nobreza, recebeu o nome de Fernando e teve uma boa educação religiosa. Iria seguir carreira militar, mas resolveu refugiar-se num convento, em Coimbra, e ordenou-se sacerdote em 1220. Tornou-se, então, missionário na África. Entrou para a ordem Franciscana e adotou o nome de Antônio. Faleceu aos 36 anos, em 13 de junho de 1231, na aldeia de Arcela. Lá foi construído um grandioso templo em homenagem ao santo, onde se conservam várias de suas relíquias, inclusive sua língua. Foi proclamado Doutor da Igreja em 1946, pelo Papa Pio XII.
Um de seus mais famosos feitos se deu quando, pregando e Pádua, foi avisado de que seu pai estava sendo injustamente condenado à forca, em Lisboa. Milagrosamente, Santo Antônio desdobrou-se e salvou seu pai em Lisboa ao mesmo tempo em que fazia seu sermão em Pádua. Em pensamento, fez com que o cadáver do assassinado negasse, por meio de um aceno de mão, a culpa de seu pai.
São João - 24 de junho São João Batista, chamado de o “homem enviado por Deus”, era um profeta eremita, mártir e primo de Jesus. Pregava nas margens do Rio Jordão e, lá, fez o batismo de Cristo. João era precursor do Messias e, diz a lenda, que nasceu sem pecado, sendo santificado ainda no útero de sua mãe. É protetor dos casados e enfermos, protegendo contra dor de cabeça e de garganta.
São João é o padroeiro da Amizade.
Considerado o primeiro doutor da Igreja, São Paulo foi o apóstolo, mártir e um dos grandes missionários da Igreja. Foi aprisionado, torturado e martirizado por causa de sua fé. Ao longo de suas jornadas missionárias, escreveu cartas e teses que relatavam o conceito de Cristo, além de graças que se referiam à predestinação, à liberdade de escolha, ao batismo e à perfeição cristã.
Fonte: www.amiguinhosdedeus.com